Saúde mental e autocuidado
Autor: Andreza Sorrentino - CRP 01∕11852\r\nPsicóloga Clínica e Mestre em Psicologia, com ênfase em saúde mental e ações terapêuticas. Conselheira secretária e coordenadora da Comissão de Psicoterapias e Clínica do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP 01∕DF). Sócia proprietária da empresa Leme Psicologia e Saúde.\r\nContatos: 9 9269-0588 | lemesaude@gmail.com
Quando falamos no conceito de saúde, rapidamente associamos ao bem-estar físico. Nossa sociedade ainda não se acostumou com a ideia de que prevenir e tratar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. A desinformação e a distorção sobre o que é saúde mental dificulta o avanço e o tratamento na área e torna o assunto velado. Portanto, vamos falar a respeito!
Saúde mental e saúde emocional não são exatamente a mesma coisa, mas caminham bem próximas. Nossa saúde emocional pode ser descrita como um bem-estar geral, onde a pessoa consegue utilizar seus próprios recursos e as habilidades que possui a favor de si, conseguindo passar pelas adversidades da vida sem grandes impactos negativos e respeitando suas próprias crenças e valores.
Nossas emoções exercem influência em nossa saúde global e parte das doenças mentais podem ser agravadas ou ter origem nelas. Desta forma, é um erro pensar que somente pessoas “loucas” ou com algum tipo de patologia da mente que tratada saúde mental. Esse entendimento é ultrapassado e só reforça o estigma de que quem procura um psicólogo ou um psiquiatra “é doido”. São diversas as situações e circunstâncias na vida que podem nos levar ao sofrimento. As pessoas mais fortalecidas emocionalmente terão maiores recursos para lidar com as adversidades que surgem. Um acompanhamento psicoterapêutico favorece esse fortalecimento.
Muita gente que procura ajuda profissional, guarda segredo ou sente vergonha de falar para alguém que está em acompanhamento psicológico por conta do preconceito. Porém, poucos sabem o quanto iniciar um processo de terapia requer força e coragem.
Acontece também, com muita frequência, das pessoas só procurarem ajuda especializada quando a situação já é crônica. Nesse estágio, a vida está em total desequilíbrio e conflito, afetando o trabalho∕ estudo, suas relações íntimas e sociais,com a presença de variados sintomas (insônia, palpitações, nervosismo, irritação, entre outros). Em casos mais graves, a possibilidade de um acompanhamento multidisciplinar aumenta. Porém, somente um profissional capacitado, como um psicólogo ou psiquiatra, poderá avaliar qual o tipo de tratamento é o mais indicado e fazer o encaminhamento necessário. Um trabalho em conjunto entre estes profissionais pode ser determinante em alguns casos para alcançar melhores resultados.
Algumas das doenças mentais mais comuns que encontramos nos dias atuais, incluem: depressão, bipolaridade, ansiedade, fobias, transtornos causados por uso de substâncias, transtornos alimentares e transtornos obsessivos-compulsivos. Porém, você não precisa estar com nenhum tipo de transtornopara se atentara isso.
Por mais batida que seja a frase: “mente sã, corpo são”, ela é uma verdade. Cuidar da saúde é cuidar de si de forma integral e dinâmica. Isso inclui estar atento à nossa mente e emoções. Faça isso por você nesse ano de 2017. Converse com um psicólogo.
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