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CRP DF É CONVIDADO PELA CLDF PARA DEBATER PROJETO DE LEI PARA ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO DF

CRP DF É CONVIDADO PELA CLDF PARA DEBATER PROJETO DE LEI PARA ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO DF







CRP DF  apresentou posicionamento contrário ao retorno de pecúnia no enfrentamento à violência contra mulheres.

A conselheira regional Luiza Pereira participou na última sexta-feira (18) de um café da manhã organizado pelo deputado Ricardo Vale (PT) com a presença do Movimento de Mulheres Camponesas, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, além de diversas entidades e conselhos profissionais, para tratar, entre outros assuntos, de um projeto de lei de autoria do parlamentar que inclui multa aos agressores de mulheres.

Na oportunidade, a conselheira apresentou o posicionamento do CRP DF sobre o tema, criticando "o fenômeno da valoração em pecúnia da violência e o risco de se reafirmar estereótipos perpetradores de violência".

Luiza Pereira também reiterou a importância do investimento na implementação e no monitoramento de políticas públicas, chamando atenção para os serviços oferecidos na delegacias de mulheres. "As psicólogas que atendem a população feminina também são da carreira policial, ou seja, devem seguir regras e condutas policiais, o que deve ser um ponto a ser repensado para a melhoria do serviço nessas delegacias", observou.

A conselheira ressaltou que "nenhum adoecimento se dá fora de uma cultura", pontuando que "a violência contra a mulher é naturalizada na sociedade brasileira, que tem valores machistas e misóginos internalizados, na qual os processos de subjetivação impactam no desrespeito a uma minoria e têm origem cultural, arraigados em um modo de operar da sociedade no qual temos a responsabilidade de incidir, seja pela educação, seja por sistema de cotas, seja pela luta permanente de equidade".

Luiza Pereira chamou a atenção do deputado para a importância da implementação e do monitoramento das políticas públicas pelo GDF e da visibilidade sobre a lei que tipifica o feminicídio, a qual assim como a Lei Maria da Penha, teria fundamental importância para o avanço das políticas de proteção à mulher.

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