Trabalhar com equipamentos de proteção
Autor: Vitor Barros Rego - CRP 01/12645\r\nPiscólogo Clínico e Mestre em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações. Conselheiro e coordenador da Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP 01∕DF).\r\nContatos: 9 8134-8868 | vitorbarrosrego@gmail.com
Você já ouviu falar nos E.P.I.\?s? São os equipamentos de proteção individual e são muito comuns em trabalhos mais braçais, como um capacete que um mestre de obras deve usar por exemplo. Por serem profissões com muitos riscos físicos, estes dispositivos são necessários. Mas você já parou para refletir: e para os riscos emocionais, que equipamentos devo usar?
Todo trabalho tem um potencial de nos deixar irritados, cansados e dispersos. O mundo do trabalho atualmente tem mostrado cada vez mais que nossas tarefas vem acompanhadas de uma carga de urgência, com um bilhetinho "pra ontem" e de uma forte cobrança de excelência. Parafraseando a música, "a cobrança está no ar". São riscos invisíveis, mas tão devastadores quanto a um martelo atingir a mão de um mestre de obras sem seus equipamentos de proteção.
Os transtornos de humor são a terceira maior causa de acidentes de trabalho, segundo o Ministério da Previdência Social. E as estatísticas não param de crescer. Depressão, síndrome do pânico, reação aguda ao estresse e transtorno de ansiedade generalizada lideram nesta triste lista. Relações frágeis de trabalho, alta competitividade, meritocracia abalada e lideranças tóxicas formam a combinação bombástica de um ambiente de trabalho adoecedor.
Mas que equipamentos de proteção usar contra isso? Manter boas relações de trabalho e hábitos saudáveis de auto cuidado são essenciais. E, neste tempo de sermos super heróis e heroínas, saber que temos limites nos mantém conectados com nosso emocional, nosso corpo e nossa vida social.
Janeiro é momento de reflexão e de planejamentos. Invista na sua saúde mental e numa relação mais equilibrada com seu trabalho.
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