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CRP 01/DF DEBATE DESPATOLOGIZAÇÃO DAS IDENTIDADES TRANS NO CREAS DA DIVERSIDADE

CRP 01/DF DEBATE DESPATOLOGIZAÇÃO DAS IDENTIDADES TRANS NO CREAS DA DIVERSIDADE


Comissão Especial LGBT tratou da Resolução CFP 01/2018, que estabelece normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação às pessoas transexuais e travestis

O Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP 01/DF), por meio de sua Comissão Especial LGBT, participou na última sexta-feira (02) do “TransAção – Cidadania e Dignidade em Prol da nossa Visibilidade”, evento realizado no CREAS da Diversidade em parceria com diferentes entidades de defesa dos direitos humanos na região.

Na oportunidade, o coordenador da Comissão LGBT, Thiago Magalhães, abordou os principais tópicos da Resolução CFP 01/2018 (Acesse em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2018/01/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CFP-01-2018.pdf), que estabelece normas de atuação para os profissionais de Psicologia em relação às pessoas transexuais e travestis.

“Seguindo orientação do Sistema Conselhos de Psicologia, o CRP 01/DF tem atuado no âmbito do DF pela despatologização das identidades trans. Prestigiamos este evento propondo debate sobre a nova resolução do Conselho Federal de Psicologia que trata do tema e também estamos abertos para ouvir sobre possíveis violações de direitos que tenham sido cometidas por profissionais de Psicologia”, destacou Thiago Magalhães.

Psicólogas e psicólogos do CREAS da Diversidade também participaram do evento com usuárias e usuários da rede. O psicólogo André Peredo destacou o esforço dos profissionais pelo fortalecimento dos serviços públicos no sentido da promoção do direito à cidadania da população trans. “O CREAS de Diversidade Sexual, Racial e Religiosa e o Ambulatório de Atendimento às Pessoas Trans são serviços públicos que visam a garantir os direitos historicamente violados da população LGBT. No caso do CREAS, falamos de uma política de Estado. Aqui ocorre uma acolhida às pessoas LGBT que estejam em vulnerabilidade socioeconômica, violação de direitos ou mesmo discriminação. Historicamente, essas pessoas são apartadas do acesso às políticas públicas. No caso do ambulatório, trata-se de uma questão de atendimento em saúde às pessoas que tenham alguma questão de transição, ou seja, a chamada incongruência entre o sexo e o gênero”, observa. “Esses serviços seguem o movimento dos conselhos profissionais pela despatologização das identidades trans e, nesse sentido, é preciso destacar a resolução 01/2018 do CFP que vem acolher, em um perspectiva de vanguarda, essas proposituras, em um debate que vem ocorrendo internacionalmente. Na resolução, eu destaco o glossário. É preciso que as pessoas compreendam essas terminologias que vêm a favorecer a compreensão do que é diferente e respeitar a autodeterminação das identidades, no sentido da liberdade de ser, do direito à personalidade”, completa André Peredo.

Usuária do serviço, Kate Marrone ressalta o acolhimento que vem recebendo no CREAS da Diversidade. “Tenho sido muito bem acolhida. Fui trazida para cá quando fazia ponto no Núcleo Bandeirante. Tive problemas de homofobia em casa e aqui encontrei apoio. Infelizmente não tive sucesso com a minha família e tive que me afastar. Naquele momento, foi muito importante o auxílio com cestas básicas, as consultas de saúde e cursos profissionalizantes. Antigamente o preconceito me machucava muito, tanto o homofóbico como o religioso. Já passei por todos e hoje tenho outra forma de lidar com eles”, compartilha.

No evento realizado na última semana os presentes puderam participar de oficinas culturais, rodas de conversa e tiveram ainda assessoria jurídica oferecida pela OAB-DF e pela Defensoria Pública.



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