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COMISSÃO ESPECIAL DE PSICOLOGIA CLÍNICA

COMISSÃO ESPECIAL DE PSICOLOGIA CLÍNICA


A Comissão Especial de Psicologia Clínica (ComClin) do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP 01/DF) tem como princípio norteador o Código de Ética Profissional da(o) Psicóloga(o), que orienta e sustenta todas as suas ações e posicionamentos.

A ComClin tem como objetivo criar um espaço de diálogo com psicólogas e psicólogos que atuam na área clínica, subsidiar ações relevantes e promover discussões que fortaleçam a atuação profissional e a qualidade dos serviços prestados.

Para alcançar esse objetivo, a Comissão busca desenvolver ações estratégicas que fortaleçam o exercício ético e de qualidade da Psicologia Clínica, ampliem os espaços de debates e reflexões sobre as diferentes abordagens e contextos de atuação, e incentivem a construção coletiva de conhecimentos e práticas comprometidas com os direitos humanos, a diversidade e o bem-estar social, estimulando a troca de experiências e a produção compartilhada de saberes.

A importância do psicólogo clínico

Nesse contexto, a atuação do psicólogo clínico é compreendida como essencial para a promoção da saúde mental, a valorização da subjetividade e a defesa da dignidade humana, em consonância com os princípios do Código de Ética, que orienta a prática profissional pela “promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano” (CFP, 2005).

A clínica psicológica, conforme Carl Rogers (1977), constitui-se como um espaço de encontro autêntico e transformador, onde “o indivíduo possui dentro de si vastos recursos para a autocompreensão e para a mudança de seu autoconceito se houver um
clima de atitudes psicológicas facilitadoras”. Assim, a escuta clínica é compreendida como um ato de respeito e acolhimento, que favorece o desenvolvimento pessoal e o fortalecimento da autonomia do sujeito.

De forma complementar, Sigmund Freud (1912/1996) define a escuta clínica como um processo técnico e ético, orientando que o analista “deve voltar o seu inconsciente, como órgão receptor, para o inconsciente do paciente”. Essa concepção destaca a importância da atenção flutuante e da postura ética como fundamentos do trabalho clínico.

Donald Winnicott (1965) amplia essa perspectiva ao entender o espaço terapêutico como lugar de sustentação e criação. Para ele, “é no brincar, e talvez apenas no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o self”. Essa visão reforça o papel do psicólogo clínico como facilitador de processos de amadurecimento e integração subjetiva.

No contexto brasileiro, Maria Rita Kehl (2002) observa que “o sofrimento psíquico não pode ser compreendido fora de seu contexto histórico e social”, ressaltando a necessidade de uma clínica comprometida com as dimensões éticas e políticas do cuidado. Ana Mercês Bahia Bock (2015) complementa, afirmando que o papel do psicólogo clínico é “promover o desenvolvimento humano em sua totalidade,
compreendendo o sujeito em suas condições concretas de existência”.

Assim, a ComClin/CRP 01/DF reafirma seu compromisso em fortalecer o exercício ético, crítico e socialmente comprometido da Psicologia Clínica, reconhecendo a(o) psicóloga(o) clínica(o) como agente fundamental na promoção da saúde mental e na transformação social. Por meio de ações de articulação, formação e escuta da categoria, a Comissão busca consolidar uma clínica que valorize a diversidade, o respeito às diferenças e o cuidado humanizado, contribuindo para uma sociedade mais justa, acolhedora e saudável.

Referências

• BOCK, A. M. B. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
• CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Código de Ética Profissional da(o) Psicóloga(o). Brasília: CFP, 2005.
• FREUD, S. (1912). Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise. In: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XII. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
• KEHL, M. R. Sobre ética e psicanálise. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
• ROGERS, C. R. Tornar-se pessoa: um ponto de vista da psicoterapia. São Paulo: Martins Fontes, 1977.
• WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1965. 

Entre em contato conosco pelo e-mail: comclincrp01@gmail.com