“Somos 22,23% da população de Brasília e queremos uma cidade acessível”
(movimento de pessoas com deficiência do DF)
O movimento de pessoas com deficiência do Distrito Federal ocupa nesta data, 21 de setembro de 2016, a partir das 8 horas, a Esplanada dos Ministérios (concentração no Museu da República), para denunciar as violações e ataques aos seus direitos e ao mesmo tempo renovar reivindicações em prol da inclusão e participação plena na sociedade. A passeata seguirá até o Congresso Nacional com entrega de requerimento de protestos e providências às autoridades federais e do Governo do Distrito Federal.
Apesar dos direitos construídos ao longo de vários anos (Convenção da ONU, Resoluções das Conferências Nacional e Distrital de Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência - LBI - Lei 13.146/15), as pessoas com deficiência ainda encontram-se em dificuldade de exercer sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, por causa das barreiras enfrentadas: barreiras urbanísticas (as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo); barreiras arquitetônicas (as existentes nos edifícios públicos e privados); barreiras nos transportes (existentes nos sistemas e meios de transportes); barreiras nas comunicações e na informação (entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulta ou impossibilita a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação); barreiras atitudinais (atitudes ou comportamentos que impedem ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas);barreiras tecnológicas (as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias).
O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência no Distrito Federal, não é uma manifestação de oposição a qualquer governo. É um movimento de reivindicação em prol da igualdade de direitos. Portanto, é preciso garantir calçadas transitáveis e seguras, semáforos com sinalização sonora, pisos táteis, moradia, recursos para educação inclusiva, atendimento em saúde, inclusão econômica e social do segmento, enfim, vamos requerer que o governo assegure os direitos fundamentais para o segmento de pessoas com deficiência, conquistados na legislação.
O segmento de pessoas com deficiência representa cerca de um quarto da população do Brasil e do Distrito Federal. Portanto, tem direito a uma cidade acessível. Considerando os dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil 45,6 milhões de pessoas tem algum tipo de deficiência (23,91%) e no Distrito Federal são 574.275 (22,23%). Segundo o perfil das pessoas com deficiência no DF, elaborado em maio de 2013 pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), as pessoas com deficiência visual apresentam maior percentual (63,71%), seguidas da motora (18,02%), da auditiva (14,41%) e da intelectual (3,85%).
CONTATOS (entidades de pessoas com deficiência):
César Achkar – Fórum Permanente de Apoio à Pessoa com Deficiência (FAPED)
61 – 98301 6556/99213 / 9403;
Telva Maria – União das Pessoas om Deficiência (UPCD)– 61 – 9989 4570;
Michel Platini – Conselho Distrital de Direitos Humanos – 61 – 98141 3113;