Evento encerra o Mês da Consciência Negra com debate sobre defesa dos direitos e territórios dessas comunidades, além da importância da diversidade étnico-racial
Na noite desta quarta-feira (29), a Comissão de Psicologia e Diversidade Étnico-Racial - CEPDER do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal promoveu um diálogo com a categoria sobre “Psicologia e Questões da Terra: Indígenas e Quilombolas”, em parceria com a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras e Quilombolas - CONAQ e a Articulação Nacional de Psicólogas/os Negras/os e Pesquisadoras/es - ANPSINEP/DF. O encontro reuniu diversos especialistas para discutir o tema e enriquecer os debates, no auditório do CRP 01/DF.
Atualmente, há cerca de 3 mil comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural Palmares espalhadas por 25 dos 27 estados brasileiros, mas há dados não registrados de que existem mais de 5 mil delas no Brasil, o que chama a atenção para a imensidão da diversidade do país e para as questões relacionadas à defesa de direitos e de territórios, sobretudo em se tratando da necessidade e urgência de políticas públicas. É o que defende a representante da CONAQ Francinete Pereira da Cruz: “A violação dos direitos sofrida diariamente pelas comunidades quilombolas reflete o quanto o Estado ainda é racista e não pretende reparar a dívida que tem há mais de 500 anos com a população negra deste país”, enfatiza a expositora.
Além de Francinete, o CRP recebeu como debatedores o doutor em Ciências Econômicas Mário Lisboa Theodoro, o doutorando em Antropologia Social e indígena do povo M`byá Guarani Daniel Iberê Alves da Silva e o mestre em Psicologia Social, o coordenador da ANPSINEP/DF Igo Gabriel dos Santos Ribeiro, a representante da ANPSINEP/DF Márcia Maria Silva e a coordenadora da CEPDER Marizete Gouveia. Também estiveram presentes a psicóloga conselheira do CRP 01/DF e membra da CEPDER Vanuza Sales, bem como estudantes e profissionais de Psicologia e de outras áreas.