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II JORNADA BRASILIENSE DE PREVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL NO TRABALHO DISCUTE NOVOS DESAFIOS POSTOS AOS PROFISSIONAIS DA ÁREA

II JORNADA BRASILIENSE DE PREVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL NO TRABALHO DISCUTE NOVOS DESAFIOS POSTOS AOS PROFISSIONAIS DA ÁREA


Evento é realizado por meio de parceria do CRP 01/DF com a SBPOT e o Cerest/DF

O Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP 01/DF), por meio de sua Comissão Especial de Psicologia Organizacional e do Trabalho (CPOT) realizou nesta semana a II Jornada Brasiliense de Prevenção em Saúde Mental no Trabalho. O evento é resultado de parceria entre o conselho profissional, a Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do Distrito Federal (Cerest/DF).

A abertura da jornada contou com a presença de representantes do CRP 01/DF, Ministério da Saúde e Cerest/DF. Pela manhã, a psiquiatra e perita do Governo de Brasília, Gianna Testa e a advogada trabalhista e previdenciária Betânia Hoyos comandaram a mesa-redonda “Previdência e Perícia”. Na ocasião, foi possível debater sobre a polêmica que envolve este tema: reconhecimento do nexo causal do trabalho com transtorno mental; notificação de acidente de trabalho e avaliação psicológica para perícias. Ainda, ressaltaram a importância de desenvolverem a habilidade empatia para a formação dos profissionais que vão atuar com estas demandas. A próxima atividade envolveu exposição de casos exitosos de intervenção em empresas coordenados pela psicóloga e professora Janice Pereira, do UniCEUB.

No período da tarde, Manary Nery Chao, da Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do DF, e Fernanda Duarte, psicóloga do Sindicato dos Bancários do DF, compartilharam suas experiências na mesa-redonda “Readaptação e Reabilitação de Transtornos Mentais”, ocasião em que as profissionais ressaltaram a importância da capacitação e do desenvolvimento de estudos na área. “Nós não temos hoje uma formação preparada para estabelecer a relação entre adoecimento mental e trabalho, é um campo de estudo muito recente e, no Brasil, os casos são subnotificados”, pontuou a psicóloga Fernanda Duarte. A mesa teve grande participação dos profissionais e estudantes presentes, que trouxeram questões e experiências envolvendo dificuldades na identificação e no tratamento de transtornos mentais relacionados ao trabalho, postura profissional diante de dilemas éticos, entre outros pontos.

Na oportunidade, o conselheiro Vitor Barros Rego destacou o papel das organizações na promoção de saúde e na reabilitação de profissionais que sofreram com o adoecimento no contexto do trabalho. “Como o profissional de saúde pode auxiliar na reabilitação de um trabalhador quando os protocolos e processos de trabalho continuam o adoecendo?”, indagou. “É possível, por exemplo, reabilitar uma pessoa em um contexto de assédio moral no trabalho?”, provocou os presentes.

O encerramento foi feito pela auditora do trabalho, Luciana Baruki, e pelo procurador do trabalho, Erlan José Peixoto, com a mesa-redonda “Riscos Psicossociais e Atuação de Auditoria”. A auditora, autora do livro "Riscos psicossociais e saúde do trabalhador: por um regime jurídico preventivo", apresentou detalhes de uma fiscalização feita após denúncia de assédio moral numa instituição bancária por um funcionário. Infelizmente, este suicidou após anos de violência moral neste trabalho.

Esta II Jornada Brasiliense de Prevenção em Saúde Mental no Trabalho contou ainda, na última quarta-feira (25) com o minicurso “Vigilância em Saúde Mental do Trabalhador: Subsídios para a Construção de Estratégias de Intervenção”, ministrado por Luís Henrique da Costa Leão, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O minicurso contemplou esta parte da política pública em saúde do trabalhador que é pouco explorada e onde a Psicologia tem amplo campo de atuação junto com outras especialidades.



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