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CRP DF PARTICIPA DE ENCONTRO SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL

CRP DF PARTICIPA DE ENCONTRO SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL







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Tereza Rachael conta como foi o diálogo com as mães de estudantes especiais

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A psicóloga Teresa Rachael Santos representou o Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal no diálogo Coração de Mãe, realizado na manhã desta terça-feira (26), no Colégio Militar de Brasília. Presentes no evento estavam autoridades, representantes de movimentos sociais, entidades e sociedade civil, além de mães de crianças especiais, que deram seus depoimentos sobre a educação de seus filhos e filhas. Confira o relato que a psicóloga Teresa escreveu a respeito do encontro:

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“A convite da Secretaria de Educação do Distrito Federal, através da Subsecretaria de Educação Básica e Coordenação de Educação Especial, participei do evento Coração de Mãe representando o Conselho Regional de Psicologia a pedido da plenária do crp/df.

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Em sua fala na mesa de abertura, o Sr. Júlio Gregório Filho, Secretário de Estado de Educação, esclareceu que aquele evento integrava uma proposta idealizada por Márcia Rollemberg, primeira dama do DF, chamado de Diálogos, em que se intui ouvir a população atendida por serviços públicos ligados aos Direitos Humanos, para construir políticas públicas alinhadas às demandas da população atendida.

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Após a mesa de abertura, cinco mães compuseram a segunda mesa da manhã, representando as crianças dos diferentes núcleos da educação especial, com exceção das crianças com Síndrome de Down, pois a mãe representante não pode comparecer. Cada uma das mães fez claras demandas aos gestores:

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- Adriana Monteiro da Silva (representando as crianças com transtornos invasivos do desenvolvimento) cobrou a presença de gestores de outros setores do governo como assistência social e saúde, afirmando que a criança atendida pela educação especial tem demandas maiores que a educação em si. Nesse sentido propôs a criação de um programa de saúde na escola, semelhante ao programa Saúde em Casa.

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Essa proposta se assemelha a projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, criticados por irem contra princípios do Sistema Único de Saúde - SUS e favorecerem a medicalização da educação.

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- Andrea Almeida (representando as mães e as crianças portadoras de altas habilidades ou superdotação) reforçou e fala de Adriana de que já existem legislações suficientes no Brasil, mas que ainda é difícil ter acesso aos espaços definidos para as atividades das crianças. Ela citou a forma como o Canadá resolveu as dificuldades de acesso à educação especial da população naquele país, por meio de uma estrutura de transporte e logística para que todos acessem os serviços; Andrea propôs que o DF siga o exemplo. Além disso, questionou a Meta 4 do Plano Nacional de Educação, que garante assistência até os 17 anos: “o que faremos com eles depois dos 17 anos? Porque eles poderiam contribuir com a sociedade. Em diversos países eles são tratados de forma especial, sim, mas recebem bolsas em universidades importantes e dão o retorno contribuindo com a sociedade”.

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- Janaina Chaves Fonseca (representando os alunos deficientes visuais – 10% dos alunos da educação especial) assim como Adriana citou a dificuldade de acesso aos profissionais da Secretaria de Saúde, como atendimento por neuropediatra, fonoaudiólogo e psicólogo. Ela destacou a necessidade de atendimento psicológico para as crianças e para seus pais. Afirmou ainda que é preciso ter psicólogos na rede pública de saúde, pois sem eles as crianças da educação especial têm recebido diagnósticos equivocados em função do sofrimento dos pais e/ou das crianças.

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A posição é compartilhada por esta parceira do CRP-01. A falta de uma escuta qualificada do sofrimento dessas famílias e um olhar que foque unicamente o diagnóstico e questões puramente biológicas como causa do sofrimento podem levar a encaminhamentos médicos equivocados, causando a medicalização da sociedade.

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- Ana Luiza (representando as mães e crianças surdas) pediu pelo cumprimento das leis pela sensibilização da sociedade com campanhas na mídia.

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- Sandra Gomes (representando os maiores de 18 anos acompanhados pelas escolas especiais) falou da importância das escolas especiais para essas crianças, que precisam ainda mais de acompanhamento com o envelhecimento de seus pais. Ela propõe que o governo faça convênios com as universidades, para dar atendimento médico e de outras especialidades por meio do trabalho de estagiários, que receberiam em troca certificados de horas trabalhadas.

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Encerrando o evento, compuseram a mesa as autoridades que, de modo geral, se comprometeram a formar uma rede em prol da educação especial.

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A fala das mães mostra que elas reconhecem que o cuidado com as crianças da educação especial não é responsabilidade apenas da Secretaria de Educação, o que se alinha com a posição da gestão do CRP-01 e minha. Apesar do compromisso de formar um grupo de trabalho para criar e fortalecer uma rede de apoio a educação especial feito por Joe Valle, Deputado Distrital, Márcia Rollemberg e Cristina Correa Silva, coordenadora da COESP, nenhum encaminhamento específico foi definido ou proposto.”

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TEREZA RACHAEL RODRIGUES SANTOS é psicóloga escolar e parceira do CRP DF.

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