Transversalidade da Saúde Mental e Políticas Públicas foi o tema do debate
\r\nRepresentantes de movimentos sociais, de entidades governamentais e da sociedade civil se reuniram no auditório do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal, na última quinta-feira (21), para discutir o panorama da saúde mental no DF e os desafios enfrentados na luta antimanicomial e por mudanças significativas nos serviços psicossociais prestados à população.
\r\nAo abrir a roda de conversa, a conselheira Ingrid Quintão, que conduziu os debates, falou da importância de articulação entre as políticas públicas para dialogar a respeito da saúde mental e entender o que os outros segmentos têm a dizer sobre isso, já que se trata de um tema transversal. “O CRP DF sempre tenta trazer essa discussão e integrar os eventos que acontecem na cidade aos que nós planejamos”, explica a psicóloga, “este primeiro encontro é um espaço de possibilidade de construirmos juntos uma nova perspectiva em relação à pauta de saúde mental”.
\r\nSegundo dados apresentados por uma das debatedoras, a assistente social Jamila Zigiet, entre os anos de 2010 a 2014, para procedimentos ligados à saúde mental foram gastos pelo GDF menos de 2 milhões de reais. “Para onde estão indo os nossos esforços?”, indaga a servidora da Secretaria de Saúde (SES-DF) e membro do Movimento Pró-saúde Mental do DF. “Eu acredito numa política diferente, acredito inclusive numa internação diferente. Eu não acredito é numa internação com centenas de pessoas”, enfatiza.
\r\nParticiparam também da roda de conversa as conselheiras do CRP DF Luiza Pereira, Márcia Maria da Silva e Sueli Vieira, além dos debatedores convidados: Glacy Calassa, do Conselho Regional de Saúde de Santa Maria; Ricardo de Albuquerque Lins, da Diretoria de Saúde Mental da SES-DF; Karen Lúcia, da ONG Coturno de Vênus – Associação Lésbica Feminista de Brasília; Ana Carolina Silvério, do Centro de Referência da Diversidade; Antônia Cardoso Abreu, do Movimento de População em Situação de Rua do DF; Elemregina Moraes, da Associação de Amigos do Deficiente Auditivo; Bethânia Serrão, do Centro de Atenção Psicossocial – CAPs ADI Brasília e Lúcio Costa, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
\r\nNo próximo mês, o CRP DF promoverá um novo encontro entre as várias políticas públicas que estiveram presentes nesta roda de conversa – Saúde, Diversidade, Atenção à População em Situação de Rua e Direitos Humanos. A intenção é que o evento se insira no projeto Diálogos: Psi em Foco, que reúne mensalmente representantes de políticas específicas para debates segmentados no auditório do Conselho. Este, no entanto, deverá ser um grupo transversalizado, com a participação ainda de outros atores, empenhados na produção de um documento que oriente as políticas públicas sobre a necessidade da transversalidade na saúde mental.
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