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NOTA DE PESAR: FALECIMENTO DA PSICÓLOGA JULIANA GARCIA PACHECO
NOTA DE PESAR: FALECIMENTO DA PSICÓLOGA JULIANA GARCIA PACHECO
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30/06/2020 08h19
- Atualizado em mais de 4 anos
É com profundo pesar que o Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP 01/DF) informa sobre o falecimento da psicóloga Juliana Garcia Pacheco, ocorrido na tarde do dia 29 de junho, aqui em Brasília.
Juliana Pacheco fez graduação, mestrado e doutorado sob orientação de Angela Almeida, na Universidade de Brasília (UnB). Ainda graduanda já mostrava sua verve no fazer e se fazer psicóloga. De uma inteligência inquieta, Juliana se lançava amorosa e incansavelmente no mais puro encontro com a loucura humana. Com afinco de cientista e paixão de militante, abraçou a luta antimanicomial nas suas mais diversas facetas: conferências, pesquisas, grupos de estudo, nas artes, no acompanhamento terapêutico, no CAPS, nas supervisões de estágio, nas tutorias. O elo entre a paixão e a racionalidade científica nela se materializou. Sua tese e o livro dela resultante - Reforma Psiquiátrica, uma Realidade Possível: Representações Sociais da Loucura e a História de uma Experiência - retratam esta trajetória.
Juliana foi residente de saúde mental no ano 2000, em uma Residência de vanguarda, quando no DF não havia ainda nenhum CAPS. Ela também participou da construção da Lei 10.216/01, a Lei da Reforma Psiquiátrica.
Referência na militância e na atuação antimanicomial no Distrito Federal, Juliana era psicóloga do CAPS Paranoá desde 2010. Viajou entre 2014 e 2015 para o norte da Itália, onde aprofundou sua pesquisa sobre o paradigma da desinstitucionalização, pelo fim dos manicômios e práticas opressoras. Juliana era uma clínica criativa, que sabia visitar o mundo subjetivo de quem precisasse; além de uma professora inspiradora, que dava aulas enfeitando a sala com fotos das obras de Nise da Silveira. Ela fez parte do coletivo que fundou a Inverso - atualmente era supervisora da Inverso, e atuava no campo formativo, tendo sido preceptora em residência de saúde mental e estágios na área, e formado gerações de psicólogas, psicólogos e militantes. Juliana era respeitada e admirada por muitos usuários dos serviços de saúde mental e amada por estudantes.
Defensora inconteste das políticas públicas de saúde, Juliana deixa o campo da saúde mental cedo demais; deixa trabalhadoras e trabalhadores, usuários e seus familiares e diversos militantes na tarefa de prosseguir a luta pelo cuidado digno no Distrito Federal e no Brasil.
O CRP 01/DF presta solidariedade a familiares, amigas e amigos, pacientes e todas e todos que tiveram oportunidade de partilhar da vida com ela.