O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo integra o calendário de lutas pela promoção dos direitos humanos. A data faz alusão ao dia 28 de janeiro de 2004, marcado pelo brutal assassinato dos auditores-fiscais do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e do motorista Aílton Pereira de Oliveira, quando investigavam denúncias de trabalho escravo em uma fazenda no município de Unaí/MG, a cerca de 170 quilômetros de Brasília.
No último ano, levantamentos divulgados pelo poder público e reportagens publicadas pela imprensa alertaram sobre casos de comunidades terapêuticas e clínicas clandestinas operando práticas análogas à escravidão no Distrito Federal e Entorno [acesse em: <https://acesse.one/SD2jA> e <https://l1nk.dev/sypjl>], incluindo exposição a condições precárias para a saúde, violação de direitos trabalhistas, privações diversas, agressões e tortura.
Enquanto profissão orientada pela defesa dos direitos humanos, a Psicologia e o campo da luta antimanicomial atuam pelo enfrentamento às práticas violadoras de direitos que ainda persistem em nosso País e vitimizam principalmente pessoas não brancas, com baixa escolaridade e em condição de extrema pobreza, mesmos marcadores sociais presentes em diferentes contextos de opressão com os quais profissionais da área se deparam diariamente na defesa do cuidado em liberdade.
#DescreviParaVocê: miniatura de vídeo legendado e com janela de Libras no qual a coordenadora do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, Carolina Barreto Lemos, e o militante do Movimento Pró-Saúde Mental do DF, Kleidson Oliveira, abordam a importância do engajamento da Psicologia na luta pela garantia de direitos e no combate à exploração do trabalho.