A Psicologia tem o compromisso com o grito que se ecoou: “Contra o racismo, a violência e pelo bem viver”
A conselheira Márcia Maria da Silva, do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal, se uniu às mais diversas representações de mulheres negras – quilombolas, LGBTs, indígenas, pessoas com deficiência e tantas outras lideranças –, na caminhada de 7km pelo centro da capital federal. O objetivo principal é dar visibilidade e voz a mulher negra, para que ela faça parte também dos espaços de poder no Brasil, além de combater quaisquer formas de discriminação relacionadas a raça e gênero.
“Nós, mulheres negras, somos as que mais sofremos com o racismo”, atesta a conselheira Márcia. “São as mulheres negras que ganham menos, que experimentam com mais afinco a solidão”, exemplifica a psicóloga, “e, sobretudo, são as mulheres negras que nunca estão nos postos privilegiados de trabalho ao passo que a maioria está em empregos informais. Não que isso desqualifique a mulher negra, mas nós queremos participar dos processos políticos do país".
Das 10h às 14h, as manifestantes percorreram o Eixo Monumental, em Brasília, desde o Ginásio Nilson Nelson, onde ocorre a concentração, até o Congresso Nacional. As várias lideranças presentes tiveram voz no caminhão de som à frente da Marcha, além de convidadas e autoridades, como a Secretária de Estado de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Governo do DF, Marise Ribeiro Nogueira, que falou da importância de haver mais mulheres no poder e puxou o grito do lema da Marcha das Mulheres Negras 2015: “Contra o racismo, a violência e pelo bem viver”.
O CRP/DF tem compromisso com o combate à opressão, a discriminação, como preceitua a Resolução CFP 18/2002. O racismo "mata e faz sofrer" e não pode ser concebido como algo estritamente da ordem pessoal.
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