Entre os desafios do serviço de Psicologia do CRISDOWN, está a importância da integração de suas atividades ao trabalho realizado nas escolas
Hoje, dia 21 de março, é celebrado internacionalmente o dia da Síndrome de Down. Em referência à data, o Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP 01/DF), na pessoa do conselheiro Leovane Gregório, foi conhecer o trabalho realizado pelo Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CRISDOWN) do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), o dia a dia, as demandas, as conquistas e as limitações enfrentadas pelos profissionais de Psicologia que ali atuam.
O Centro, em atividade há quase quatro anos, recebe crianças, jovens e adultos com Síndrome de Down, além de suas famílias, com atendimento nas especialidades de Fonoaudiologia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição e Terapia Ocupacional, que atuam de forma integrada com a Psicologia. “Precisamos trabalhar de maneira interdisciplinar, não há como ser diferente”, comenta Fabiana Coelho, uma das psicólogas do CRISDOWN. “O que é mais complicado para a família é o momento da notícia”, relata, “eu trabalho a partir das experiências práticas, atreladas àquilo que eu acredito. Sigo muito a linha humanista, mas não me prendo a ela, pois tenho visto resultados excelentes, por exemplo, na área cognitiva-comportamental”.
Entre os diversos desafios enfrentados no Centro em relação ao tratamento psicológico está a necessidade de agregar também a atuação dos profissionais no hospital ao trabalho realizado pelas escolas. “Algo que nós ainda buscamos alcançar é a integração eficiente com as escolas, precisamos aplacar essas demandas juntos, precisamos de profissionais de Psicologia capacitados tanto nas escolas inclusivas em ambiente comum de escola regular, quanto nas demais”, conta a psicóloga Fabiana. Ela chama atenção para a deficiência na preparação de profissionais de Psicologia para atendimento nesta área, desde a faculdade. “Eu não tive capacitação, antes daqui. A capacitação que tive foi no próprio CRISDOWN”, destaca Fabiana, que hoje, junto à equipe, capacita novos profissionais que chegam à equipe deste e de outros setores ou órgãos, especializados ou não em Síndrome de Down, mas que já atendam ou possam se deparar com pacientes com essa condição genética.
Para o conselheiro tesoureiro do CRP 01/DF, Leovane Gregório, o papel dos profissionais de Psicologia é essencial na busca pela inclusão e nos cuidados especiais de que demandam os pacientes com Síndrome de Down e suas famílias: “Nosso desafio enquanto psicólogos e psicólogas é cada vez mais estudarmos, nos organizarmos e sermos capazes de dar a estrutura necessária para que essas pessoas possam ter o seu espaço na sociedade e possam ser valorizadas como devem ser”.